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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Hamilton cutuca Mercedes e se diz desconfortável em “carro de Schumacher”


 

Lewis Hamilton mostrou que segue sem papas na língua. E que não está nada satisfeito com o seu desempenho e situação na equipe Mercedes. Em entrevista no paddock de Austin, onde disputa a partir desta sexta-feira o GP dos EUA de Formula 1, o piloto inglês cutucou o time alemão e afirmou que uma das razões por não ter se adaptado ao novo grupo foi a ausência durante o processo de concepção do W04, carro da Mercedes neste ano.

“Espero que eu participe bem mais do projeto do próximo ano. Não quero pilotar o carro do Michael Schumacher, vou pilotar o meu carro”, disse Hamilton, que substitui o já aposentado heptacampeão mundial na equipe alemã desde o início da temporada. A partir de quando  chegou à Marcedes, aliás, o britânico não vive um bom momento. Em 17 corridas, possui apenas uma vitória – apesar de ter largado na pole position em cinco oportunidades -, e, desde o triunfo na Hungria, em 28 de julho, possui, no máximo, um quinto lugar (em Cingapura e na Coreia do Sul).

Para o piloto, o fato de ainda não ter tanta liberdade e participação no desenvolvimento dos carros da Mercedes explica a sua má temporada na Formula 1. “Na McLaren, eu tinha o carro construído para mim e ao meu redor, para que eu me sentisse mais confortável. Chegava a um ponto em que eu podia colocá-lo onde eu quisesse, pois havíamos acertado tudo por muito tempo”, afirmou, antes de acrescentar: “Neste ano, eu tive muitas dificuldades, genuinamente. Não consegui atingir meu real potencial. Tivemos algumas boas corridas, mas, nelas, eu poderia ter feito mais. Mesmo as voltas das pole positions, com exceção de Silverstone, não foram tão especiais. Imagine se eu estivesse satisfeito com o carro”, ironizou.
Apesar disto, o inglês se mostrou otimista com um bom desempenho nos EUA. O GP em Austin será o 18ª do ano e o penúltimo antes do fim da temporada 2013 da Formula 1 – o Brasil fecha as disputas em 24 de novembro. “Estou otimista para este fim de semana. Há prós e contras em ter menos ou mais downforce, em termos de ultrapassar e ser ultrapassado, então eles estão olhando para isso, mas não está decidido, ainda”, avaliou, antes de admitir a dificuldade em bater o tetracampeão mundial Sebastian Vettel, quem busca a inédita marca de oito vitória consecutivas na maior categoria do automobilismo mundial.

“(Superar o Vettel) é a nossa meta a cada fim de semana, mas, se você olhar objetivamente, ele venceu por mais de 30s por corrida Deus sabe há quanto tempo. Não há razão para que ele não faça isso novamente”, brincou Hamilton, encerrando a última entrevista coletiva antes do início dos trabalhos em Austin. Ele é o quarto colocado do Mundial de Pilotos com 175 pontos e ainda briga pelo vice-campeonato. Sua desvantagem para o atual segundo colocado, Fernando Alonso, é de 42 pontos. Para o terceiro melhor posicionado, Kimi Raikkonen, porém, é de apenas oito. Como o finlandês não entrará mais na pista até o fim da temporada, por uma lesão nas costas, a chance de o britânico encerrar o ano entre os três melhores do planeta é enorme.

Fonte: Gazeta Esportiva

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