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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Menino fenômeno do basquete faz 10 anos e ainda sonha virar jogador

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Felipe Macêdo, que nesta segunda completa 10 anos, foi tema de matéria da TV Jangadeiro quando tinha 2. Na época, era apontado como prodígio do basquete (Foto: Rafael Luis Azevedo)


O Tribuna do Ceará reencontra menino cearense que, aos 2 anos, em 2006, era apontado como pequeno prodígio do basquete. Parado há três anos, ele gostaria de voltar a joga
O menino fenômeno cresceu. E, nesta segunda-feira, completa 10 anos. Oito anos depois, o Tribuna do Ceará reencontra o cearense Felipe Macedo, descoberto pela TV Jangadeiro em Fortaleza em 2006. Na época, ele foi classificado pelo técnico Oswaldo Venerando, o Campainha, como “maior craque mirim” que viu em 40 anos, o que o levou a ganhar uma bolsa de estudos já aos 2 anos e oito meses. Um prodígio!

Pois o baixinho de 90cm deu lugar a um garotão de 1m36 que veste roupas e boné à la jogador de basquete. O tamanho do tênis também esticou, de 25 para 35. Na TV da sala, a preferência ainda é pelos jogos da NBA, sendo fã de LeBron James e do time dele, o Miami Heat. Porém, o garoto virou mais um torcedor do que um jogador.

Felipe não joga basquete regularmente há três anos. Na véspera do encontro com a equipe de reportagem, ele tocou numa bola pela primeira vez em dois anos. “Agora só vejo na TV”, registra o menino, tímido. As circunstâncias que o levaram a se distanciar das quadras são várias – e bem conhecidas por jovens que gostariam de praticar outros esportes que não o futebol.
“No nosso bairro, a Maraponga, não há quadra de basquete. Como os clubes estão do outro lado da cidade, não dá para sair do trabalho no Antônio Bezerra e chegar a tempo a Aldeota”, explica o pai, o vendedor Romelito Macedo, de 29 anos. “Algumas pessoas me dizem que estou desperdiçando um talento, mas eu tenho que trabalhar para sustentá-lo”.

Em meio a isso, o colégio que tinha lhe dado bolsa de estudos após a reportagem manteve o benefício somente nos três anos iniciais. Depois, Felipe passou a estudar numa escola que não oferecia esporte. Com o tempo, a prática saiu da rotina do garoto, para lamento do pai e da mãe, a professora Karlianne Macedo, de 24 anos.

“Os colégios não tiveram interesse em dar bolsa para o meu filho porque dessa forma pagariam para um aluno que não joga, já que a idade inicial para o basquete está entre 10 e 12 anos”, situa Romelito. Porém, o que seria um tempo perdido é, na realidade, a esperança de que há muito chão pela frente.
 
Fonte: Tribuna do Ceará

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